quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Transposição do Rio São Francisco na Paraíba

A transposição do rio São Francisco na Paraíba já está em bom andamento, recentemente visitamos o canteiro de obra do projeto, localizado em Boa Vista município de São José de Piranhas. Alunos do curso de especialização em Ciências Ambientais da FIP da qual faço parte, em estudo de campo realizado pelo professor Marcelo Brandão da disciplina de Espaço Territorial Urbano e Rural, comprovamos através da visita, os vários níveis de avanço do projeto que tem como principal objetivo amenizar a falta de água e os determinados problemas decorrentes do mesmo, na vida do sertanejo. Apesar de ser um assunto bastante polêmico, onde muitos são a favor e muitos são contra  esse projeto, só nos resta aguardar e comprovar...
Algumas fotos tiradas no canteiro de obras do projeto da transposição do rio São Francisco na Paraíba:
Trechos do texto: " Vontade Política é a Verdade Seca do Nordeste" de João Suassuna - Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco:

Já é mais do que sabido que as secas do Nordeste são periódicas e, enquanto fenômeno natural, não há como combatê-las. Todavia, os seus efeitos podem ser enfrentados com tecnologias apropriadas, tornando possível a convivência do homem com o meio árido.
Quando tratamos de tecnologias agrícolas para o Semi-árido - entendidas aqui como aquelas fixadoras do homem no campo - temos que ter em mente um ponto que é fundamental: a exploração, e com muita competência, da capacidade de suporte da região. Neste aspecto somos otimistas.
O Nordeste brasileiro tem 1600 000 Km² e apenas 2% dessa área são passíveis de irrigação. Apesar de restrita, devido a problemas de qualidade de solos, bem como de quantidade e qualidade de água, a região poderá vir a ser um dos maiores pólos de fruticultura do mundo. Estima-se o potencial irrigado do Vale do Rio São Francisco em aproximadamente 1 milhão de hectares. Como termo de comparação, o Chile, país com clima temperado, produziu no ano de 1997, em aproximadamente 200 mil hectares irrigados, algo em torno de 1,5 bilhão de dólares em frutas. Temos, seguramente, nas margens do São Francisco, a capacidade de produzir cinco vezes mais do que o Chile, com uma vantagem adicional: o nosso semi-árido é o único no mundo localizado em uma região tropical, significando dizer que não temos a ocorrência de neve nos invernos. Este aspecto, aliado a intensa insolação - o semi-árido tem aproximadamente 3000 horas de sol por ano - e com técnicas avançadas de irrigação, possibilita até 3 colheitas por ano. A uva é um bom exemplo de produção nas margens do São Francisco.
 

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