sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sacola oxibiodegradável ganha espaço no mercado

Sacolinha ‘oxibio’ ganha espaço no mercado – Material se degrada em apenas três meses, mas tecnologia é cercada de polêmica
Lojas bastante conhecidas, como C&A, Riachuelo, Pernambucanas e Kopenhagen, passaram a adotar as sacolas oxibiodegradáveis – que se degradam mais rapidamente que as comuns, principalmente quando expostas ao sol.
Essas controversas sacolas são feitas a partir de combustíveis fósseis, como as convencionais – o que contribui para o aquecimento global –, mas recebem um aditivo que agiliza sua decomposição.
De acordo com Eduardo Van Roost, diretor da RES Brasil, empresa que produz o aditivo, as oxibiodegradáveis já tomam conta de cerca de 18% do mercado de sacolas e sacos. E, no mundo, são produzidas em um total de 92 países e “encontradas em muitos outros”.
A sacola pode se desfazer em três meses – se estiver exposta a sol e calor – ou em 18 meses – se estiver guardada dentro de casa. As comuns levam dezenas de anos para desaparecer.
As empresas explicam nas próprias sacolas o motivo que as levou a adquirir as oxibiodegradáveis.
A Saraiva, por exemplo, escreve que a sacola é “ecologicamente correta” e que a empresa, dessa forma, ajuda “a preservar o meio ambiente”.
A Fototica diz em seu saco plástico que “tem consciência da importância da preservação do meio ambiente”. Também afirma que “o que antes levava 300 anos para se decompor” agora “passa a acontecer em bem menos tempo”.
Apesar do sucesso no mercado, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) não têm grande simpatia pelas sacolas oxibiodegradáveis.
A Plastivida, entidade que representa a cadeia produtiva do plástico, também é contra. “A polêmica surge toda vez que aparece um produto novo. Mas o sucesso dos oxibiodegradáveis se deve à perseverança nos testes. Acho que não existe um material tão testado. E eles não mostram toxicidade do produto”, diz Van Roost.
Ele ressalta que o aditivo está em conformidade com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e hoje é usado também em embalagens de alimentos, como os pães do grupo Bimbo (que inclui as marcas Pullman e Nutrella).
Segundo a empresa, os plásticos e aditivos desaparecem por completo e sobram da degradação apenas água, pequena quantidade de CO2 e biomassa. Porém, assim como ocorre em relação aos plásticos convencionais, se houver tintas ou pigmentos nocivos ao meio ambiente eles vão permanecer na natureza.
É por isso que lutamos por leis que exijam tintas ou pigmentos ambientalmente corretos em qualquer tipo de embalagem e é claro, incentivamos os interessados em adquirir sacolas oxibiodegradáveis a cobrar das fábricas a utilização destas tintas que não poluam o planeta.

Fonte: FUNVERDE - FUNDAÇÃO VERDE

Um comentário:

  1. Essas embalagens de sacolas oxibiodegradável é uma ótima ideia para dar sustentabilidade ao meio ambiente, ja que ela se degrada com muito menos tempo que a tradicional saola plástico que demora anos p se degradar. Então, porque essa controvérsia de alguns orgões está rejeitando o seu uso??? Se ja´fizeram tanto testes??/ Devemos sim lutar e combater o NÃO uso de sacolas plastico comuns, e procurar e incentivar o uso de sacolas oxibiodradável, que causa menos danos ao meio ambiente.

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